
A complexidade de St. Vincent é intrigante, desde os primórdios já tínhamos em questão uma multi-instrumentista que nos mostrava uma sensibilidade com os seus passos na música.
Se observarmos a carreira dela, veremos uma faceta nova a cada trabalho, estamos diante de uma cantora que lida muito bem com a sua estética, fazendo com que sua imagem se entrelace com a sua sonoridade, criando um espetáculo. No Lollapalooza Brasil, estaremos diante com uma persona de cabelos brancos que se mexe no palco passeando por movimentos conceituais e uma agressividade com sua guitarra.
Quem tiver a chance de assistir a cantora no festival, que estará no mesmo palco da atração pop Marina and the Diamonds, poderá ser transportado para o universo do álbum ganhador do Grammy de 'Melhor álbum alternativo' deste ano. Um álbum grandioso que questiona nós como seres humanos e que nos entrega essa clara ruptura na carreira de Vincent.
'Qual será a próxima faceta dela?' - É o que perguntamos, assim como meus pais se perguntavam quando alguma turnê do David Bowie terminava anos atrás! São por essas questões que o show se torna mais interessante ainda, estamos prestes a assistir um show que poderá morrer daqui um tempo, é uma oportunidade única de ver a expressão musical que foi proposta desta vez, de vermos a experimentação, que é um ponto forte da música dela! Está pronto para degustar uma sonoridade que nenhum outro personagem desse festival irá proporcionar?
É intrigante vermos shows assim em festivais, são raros artistas que transportam a proposta que eles colocam em shows solos, em um show de festival, e isso de certa forma faz com que a essência se perca. Mesmo tendo todos os contrapontos, St Vincent traz a experiência da Digital Witness Tour para os festivais também!
St. Vincent é autobiográfica e estou ansioso para participar e ouvir atentamente o que ela tem para nos falar e mostrar no show do dia 28 de abril em São Paulo.
Ouça dois trabalhos bem diferentes da cantora, um deles é um projeto com o grande David Byrne: